domingo, 27 de fevereiro de 2011

Shake Absolutíssimo em Fortaleza

Em 2001 me formei em Turismo e queria mudar a minha vida. Fiz um concurso e decidi que queria a vaga para Fortaleza. Nunca havia estado lá, mas algo me movia nessa direção. Um amigo meu me zoou dizendo que eu não conseguiria ir morar lá porque ele estava aguardando essa mesma ida há 5 anos e ainda estava em Brasília. Eu disse que naquele momento não me importava o que ele queria, me importava ir morar em Fortaleza. Era isso o que eu queria e era isso o que aconteceria! (Porque eu não digo isso para os números da mega sena?!).

Fui morar em Fortaleza em setembro desse mesmo ano. Passei no concurso e a vaga era para lá. Logo que cheguei, fui fazendo uma série de tours para conhecer a cidade e os arredores. Conheci o Mercado Central, o Centro Cultural Dragão do Mar – adoooro! – a Feirinha da Praia de Iracema, a Ponte Metálica, a Praça do Ferreira, as Tapioqueiras, enfim todos os pontos turísticos. Fiz um tour pelas praias também: Praia do Futuro, Cumbuco, Lagoa do Banana, Praia das Fontes, Canoa Quebrada, Prainha, Beach Park, Lagoinha, Jericoacoara... É um vasto e belo litoral.

Nada na vida me relaxa mais que ouvir o barulho do mar e colocar meus pés na areia. É um misto de relaxamento e prazer! Adoro sentir a areia nos meus pés e admirar a imensidão do mar ouvindo o ir e vir das ondas, quebrando-se cada momento de uma forma, com uma intensidade diferente. Ora tranqüilas, ora furiosas... Minha vida em Fortaleza teve momentos de altos e baixos, mas o contato com o mar conseguiu garantir uma qualidade de vida deliciosa.

Além da praia, meu programa favorito era ir ao Dragão do Mar, gostava de tudo lá: o astral do lugar, os bares, o cinema com filmes mais Cult, menos enlatados, os shows, todo o ambiente em si me atraía naquele lugar, e ainda hoje me atrai.

Não me lembro bem quando foi que inaugurou um café lá chamado Café Santa Clara, para ser franca acredito que o nome era outro e mudou depois. O que me recordo claramente é que gostei do lugar desde a primeira vez em que coloquei os pés ali. O astral, a decoração, até os banheiros são interessantes! E o cardápio... Bem, o cardápio não é uma coisa mirabolante, mas tem umas coisinhas legais. Tapiocas, sucos, quiches, salgados e, claro, os cafés.

Essa receita vai parecer estranha àqueles que sabem que não gosto de café. Adoro o aroma, mas o sabor não me agrada. Nunca gostei e acho que não é uma bebida que faça falta no meu dia a dia. Para contradizer esse meu desafeto com o grão, nesse cardápio eu encontrei a delícia do prazer das minhas papilas gustativas: o shake absoluto. É uma bebida feita com sorvete de creme e café expresso gelado, batidos no liquidificador, depois colocados num copo de Milk Shake com calda de chocolate, coberto por chantilly e chocolate em pó para decorar.

É um drink super simples que, no cardápio, oferece variações de chocolate e cappuccino. Nunca experimentei esse último, e como minha amiga Lu (que conheci no meu último ano de residência cearense e sobre quem detalharei em outro texto) sempre toma o de chocolate eu já o experimentei, mas apesar do amor que sinto por essa delícia a base de cacau, essa bebida não me proporciona o mesmo prazer que o Shake Absoluto feito com o mais puro café. Já tive o prazer de desfrutar essa delícia diversas vezes em companhia de vários amigos, e cada vez é uma experiência nova. 

Voltei para Brasília em 2005 e, sempre que posso dou um pulo em Fortaleza. A cidade tem os prós e contras como todo lugar, e não tenho vontade de morar lá novamente, mas as pessoas que ali deixei são queridas demais e, não consigo ficar distante muito tempo. Faz bem para o coração receber um abraço e sorrir junto de vez em quando. Em cada oportunidade, faço questão de ir até o referido café na companhia de amigos e tomar um belo Shake Absoluto para matar as saudades dos sabores.

Em maio de 2009 numa dessas idas rápidas a Fortaleza, descobri porque além de não gostar, não me devo afeiçoar ao famoso ‘pretinho’. Em um sábado à tarde, fomos ao Dragão do Mar: eu, Lu e Didi. Tomei dois Shakes às , faceira e feliz, sorrindo a cada palavra pronunciada. Fomos embora ao anoitecer e, para minha surpresa, passei a noite em claro. Só consegui dormir na noite de domingo, depois de um dia bem cansativo, em companhia de outras amigas (sobre quem falarei numa outra oportunidade), passado na praia.

Ainda assim, não abro mão desse deleite e a cada nova ida, antes mesmo de chegar, já combino com os amigos que em algum momento dessa visita, preciso passar no Café Santa Clara para tomar um Belíssimo Shake!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tapas com champagne no Barcelona


Eu e a Shirley nos conhecemos há quase 10 anos e somos amigas desde então. Já fizemos muitas coisas juntas: saímos, viajamos, cozinhamos, curtimos. Ela já se aventurou na garupa da minha moto quando eu era motoqueira em Fortaleza, seguramos as barras uma da outra... É uma verdadeira amizade! A amizade tem dessas coisas né? De repente vocês passam um tempão sem se encontrar e, quando se encontram, retomam a conversa de onde parou.

Então, na sexta-feira passada, 04/02/11, a Shirley me chamou para sair (vínhamos tentando marcar um encontro há dias). Optamos por conhecer o Barcelona (que na fachada se auto intitula como: mès que un bar) e sim, o lugar é super agradável. A decoração espanhola é uma graça e o balcão com tapas variados - tira gostos típicos da Espanha que para nós lembrou muito as bruschetas italianas - enchem os olhos (e a boca) d'água. No subsolo, onde ficam os banheiros, tem um ambiente que lembra muito uma taverna. E o atendimento complementou o ambiente. É realmente um lugar muito agradável.

Pedimos então um champagne argentino (os preços estavam melhores que os espanhóis) branco demi sec e no decorrer da conversa o garçom nos sugeriu uma seleção de tapas que vem com 6 unidades e podemos escolher sabores variados. Pedimos então 2 de Jamón serrano, 2 de queijo de cabra com nozes e 2 de aliche com tomates. Quando os tapas chegaram à mesa, fomos informadas de que, para minha decepção, o Jamón Serrano havia acabado. Um tanto receiosas, trocamos por 2 de pimentões diversos sem saber bem o que esperar.

A diferença dos tapas para as bruschettas italianas está, pelo que pudemos perceber, no tipo de pão - que para os tapas é usada a baguete e em que os pães dos tapas são usados como vêm, não vão ao forno. Os tapas estavam todos muito bons, mas, os receados, de pimentões diversos estavam realmente deliciosos.

Ao que pude verificar, usou-se cebolas e pimentões vermelhos e verdes, tudo cortado em juliene. A cebola é levada ao fogo em azeite até murchar e então acrescenta-se os pimentões. Tempera com alecrim fresco e coloca-se sobre o pão! É uma receita bem simples e ótima para servir como entrada ou para acompanhar uma rodada de bebidas com os amigos. 

A nossa noite foi perfeita: ótima companhia, muita conversa e boas gargalhadas, regada a um bom champagne e comida em Barcelona sem sair de Brasília. Podemos repetir essa experiência outras vezes, mas como cada experiência é única, nenhuma outra jamais terá o mesmo sabor. É, Barcelona é um lugar que vale a pena conhecer!