domingo, 3 de abril de 2011

Picanha Fácil

Há dias o Márvio vinha com essa história de que queria comer carne. Nem os rodízios de pizza, tão amados, ou melhor, programas favoritos dele não tiravam essa idéia de comer carne da cabeça dele. Estava com uma vontade daquelas que vem de dentro da alma. Carne! Macia, tenra, saborosa e vermelha carne.
Entrei no mercado para comprar frutas e me deparei com uma linda peça de picanha maturada por um ótimo valor.  Não resisti: comprei. Tinha visto dias atrás na TV, uma receita suuuuuper fácil de picanha ao forno. Era a oportunidade perfeita: saciar a vontade dele e testar uma nova receita.
O Márvio entrou na minha vida em 2005. Com um jeito sério e fechado, temos várias diferenças: no modo de pensar, nos gostos, no conhecimento, mas a convivência mostrou um ponto em comum muito forte: culinária! Eu amo cozinhar e ele ama experimentar minhas receitas. Sem reservas. Basta eu dizer o que vou fazer e ele vai com fé. Sem medo de ser feliz! Se for uma receita nova então, ele incentiva até o projeto sair do pensamento. Aos poucos, fomos descobrindo lugares comuns no relacionamento, e outros nem tão comuns assim.
No começo ele tinha medo de experimentar as coisas desconhecidas. O diferente. Aos poucos, foi se abrindo, percebendo o quanto é importante pra mim descobrir novos sabores, novas culturas através da gastronomia, e então se entregou.
Voltando à picanha, fomos passar o dia na casa da minha mãe. Levei a picanha. Chegando lá peguei a peça inteira e preparei. Depois coloquei num tabuleiro com a capa de gordura pra cima, besuntei com sal fino – coloquei sal abundantemente, dos dois lados. Uma camada por cima da capa de gordura. Outra capa, de sal – e por cima do sal, farinha de trigo. Levei ao forno pré-aquecido em 200 e depois de 30 minutos retirei do forno e cortei.

A princípio eu não estava muito crente não. Uma lapa de carne assim, temperada apenas com sal fino! E toda aquela farinha de trigo... Sei não. Enfim, cortei a peça em fatias e a faca deslizava como se eu estivesse cortando manteiga. A carne ficou macia, suculenta. Ao colocar o primeiro pedaço na boca senti que todo o receio anterior desapareceu naquele sabor equilibrado. A carne toda tinha um tempero suave e a textura era leve.

Levei à mesa, acompanhada de uma salada simples de alface picada, tomate italiano em fatias, cebolas em fatias, castanhas de caju picadas, sal, pimenta do reino, limão e azeite. Arroz integral e feijão carioca temperado com bacon. Perguntei: e aí... o Márvio pegou um pedaço de carne pura, sem acompanhamentos. Cortou, colocou na boca, mastigou lentamente, me olhou e disse: fantástica! Aí, minha mãe que nem de carne vermelha gosta, se aventurou. Experimentou e aprovou.
Almoçamos com um vinho tinto francês, Pinot Noir. E de sobremesa bananas flambadas. Estava tudo uma delícia. Ao final, para meu deleite, o ele me olhou e disse: valeu a pena esperar. Vontade de comer carne finamente satisfeita!

2 comentários:

  1. Hummm... pelo que percebi, a farinha de trigo ajuda a manter a carne suculenta e macia!!!
    Adorei a dica...
    Comida simples, fácil de fazer e o melhor: deliciosa. Se o Márvio, que é bom de garfo aprovou, eu confio! kkkkk
    Tá bom!!! Não fique brava!!! Confio na sua palavra tb, afinal, tudo que já provei que vc fez, estava gostoso!
    Acho que agora temos um prato principal e sobremesa para nosso encontro! :-)
    Bjs, Lu

    ResponderExcluir
  2. Cinthia la em casa é diferente o Rands cozinha bem pra burro e eu só me viro! as unicas coisas que sei fazer bem é strogonoff, torta alemã, pure de batata e bolo....o resto ainda não fica tao bom quanto as coisas que ele faz mas um dia aprendo!

    ResponderExcluir

Por favor, se você gostou deixe aqui seu comentário.