domingo, 5 de junho de 2011

Ravioli ao molho de abóbora com gengibre e alecrim

- Então está combinando assim mesmo: você chega amanhã às 8:45h no aeroporto e vai ficar aqui em casa?
- Sim – disse a amiga.
- Ótimo, vou me organizar para te buscar e preparar um almoço digno desse tão aguardado reencontro. – Bradou Luisa demonstrando uma felicidade alegórica.
- Perfeito. Temos muito que conversar, isso pede um prato daqueles bem gostosos no qual possamos gastar horas. – Falou a amiga desenrolando uma deliciosa gargalhada que Luisa conhecia bem. – Um beijo e até amanhã.
- Outro. E boa viagem. Qualquer coisa liga tá? – disse já colocando o telefone na base.
Ao desligar o aparelho, Luisa começou a pensar no que poderia fazer para comemorar aquele momento.  Não era só uma ocasião especial, era um momento pelo qual ambas aguardavam há séculos. As amigas de infância separaram-se por um desejo do destino, ou do coração de Luisa quando optou por largar tudo e ir em busca do seu sonho dourado: conhecer outras culturas. Quando optou por ser cidadã do mundo sabia que demoraria para reencontrar as pessoas queridas novamente, mas seu coração estava gritando por aquele movimento, o que mais poderia ter feito?

Precisava de uma receita leve, pois sabia o quanto ambas comeriam naqueles dias. Também de preferência uma receita que não levasse carne, pois Amanda não era o mais carnívoro dos seres. Foi então que lembrou-se de uma receita que estava louca para testar havia meses: Ravioli de gorgonzola ao molho de abóbora com gengibre e alecrim. Sim, essa seria a receita ideal para aquele momento. Folheou o livro de receitas e foi anotando os ingredientes de que precisaria:

·         300g de ravióli de gorgonzola                                                        
·         250g de abóbora picada
·         1 caixinha de creme de leite
·         1 colher de gengibre ralado (fino)
·         1 ramo de alecrim (ou mais a gosto)
·         1 cebola pequena picada em cubos
·         1 colher de azeite de oliva
·         Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

1 garrafa de um bom vinho rosè para acompanhar. – Embora o vinho rosè não houvesse sido indicado por nenhum sommelier, Luisa e Amanda haviam conversado sobre ele no último encontro – que ocorrera uns 4 anos antes – e ambas concordaram em experimentar um rosè, juntas no próximo encontro: o atual.

Saiu em busca dos seus ingredientes. Encontrou praticamente tudo, menos o ravióli de gorgonzola. Procurou pela cidade inteira, em vão. Pensou em fazer a massa, mas ainda tinha que organizar a casa para receber a amiga. Não teria tempo. Então resolveu levar um de mussarela de búfala que a vendedora lhe estava ofertando naquele momento.

Chegou em casa e, servindo-se de uma taça de vinho tinto, repassou a receita. Ferva 2 litros de água com sal. Coloque os raviólis quando a água estiver fervendo e deixe por 8 minutos. Depois retire-os, lave-os com água fria e reserve.

Coloque a abóbora numa panela com água até cobri-las e deixe ferver. Quando a abóbora estiver macia, desligue o fogo e bata tudo no liquidificador até ficar bem batido, sem pedaços. 
Refogue a cebola no azeite. Quando começar a murchar acrescente o gengibre e mexa por uns 2 minutos.

Adicione o molho de abóbora, mexa e deixe ferver em fogo médio. Quando o molho começar a reduzir, baixe o fogo, adicione o alecrim, o creme de leite e acerte o sal e a pimenta. Coloque os raviólis no molho e mexa com cuidado para não quebrarem. Deixe no fogo baixo por alguns minutos até ficarem aquecidos. Sirva em seguida acompanhado de queijo ralado na hora.
Esse foi o da casa da Dri.
Ficou fantástico!

Sem dúvidas essa era a receita. Teria que conseguir esperar até o dia seguinte para preparar tudo, mas estava com coceira para começar naquele momento. Então, agarrou as chaves do carro e partiu em direção ao shopping: assistir a um cinema agora seria a melhor solução para fazê-la esquecer daquela receita por alguns instantes. O suficiente até a amiga chegar e elas poderem se deliciar com aquele manjar.

Obs.: Essa receita foi testada por mim e pela Dri (minha amiga de infância de tantas outras receitas), no mesmo dia do Tiramissu, e foi baseada numa receita de sopa oferecida pela minha amiga Aninha. Ficou simplesmente dos 'deuses'. Vale super a pena experimentar.

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